Cadê a Igreja de Cristo? Quem é a Igreja que vai para a rua fazer a sua primeira missão? Será que a igreja no Brasil não precisa sair um pouco das quatro paredes e começar a trabalhar mais fora do que dentro de si, como Cristo fazia?
Sim, Cristo ia às igrejas e ensinava. Sim, os discípulos ensinavam nas igrejas. Mas o principal trabalho deles sempre foi fora das quatro paredes. Eles caminhavam nas ruas. Eles conversavam com os não cristãos a cerca da salvação. Eles impactavam os não-cristãos. E qual o tamanho do impacto que nossas igrejas estão causando em sua localidade? Que valor nossas igrejas têm em sua região? Gostaria de exemplificar o que estou querendo dizer, contando o Mito da Caverna, de Platão.
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabaça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior. Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram, elas acham que as sombras que vêem são a única coisa que existe. Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna. Depois consegue se libertar dos grilhões que o prendem. E o que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro? Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca a sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede. Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que vêem é tudo o que existe; é a única verdade que existe; é a realidade. Por fim, acabam matando aquele que retornou para dizer-lhes um monte de "mentiras".
Pois bem, minha mensagem é simples. Que aprendamos a viver não apenas dentro das quatro paredes da igreja, mas sim que, principalmente, saiamos dela e façamos aquilo que Deus nos outorgou. E assim veremos que maravilhoso é mundo, quando a luz passa a brilhar onde antes havia escuridão. Isto sim é que é impacto.
Glauber Destro
glauber_destro@hotmail.com
Excelente comparação! Gostei Glauber!
ResponderExcluirUma ótima semana para vc!
Sonia Costa
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ResponderExcluirOs seus artigos me emocionam.
Glória ao Rei Jesus.
Na Graça do Pai...
Glauber, vc está impactando?
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