Do louvor simples ao grande show, onde está o erro?

Por que discutimos a quantidade de luzes em um louvor evangélico? Por que comparamos um show gospel com um simples louvor? Por que tentamos medir tudo o que se faz ou não se faz em uma igreja ou em evento gospel? Dança, shows, luzes, bateria, gritaria, afinal, edifica ou não?

Analisemos historicamente. Há 100 anos atrás condenavam o uso de órgãos nas igrejas. Há 50 anos atrás condenavam o uso de guitarras. Há 10 anos discutiam o uso de bateria no louvor e ainda hoje algumas igrejas têm todos os instrumentos, menos a bateria. Hoje muitos criticam onde está a edificação nos shows de luzes, nas danças ou com o barulho do rock. Acredito eu que, após a invenção do microfone, levaram-se alguns anos para este ser visto como benéfico à pregação dos pastores. Em geral, o maior problema dessas questões durante todos esses anos é o fato dessas coisas terem sido retiradas do mundo secular e então entradas na igreja. Aqui vai minha humilde visão bíblica quanto a tudo isso.

Vendo que hoje o piano, a guitarra e a bateria foram inclusos em praticamente todas as igrejas, podemos deduzir facilmente que é apenas uma questão de poucos anos para que muitas outras igrejas tenham shows de luzes internamente e bem como outras coisas contemporâneas. Em outras palavras, independente da tua ou da minha crítica quanto a utilização ou não desses "meios de louvor", a verdade é que eles entrar realmente pouco a pouco, até gerar a normalidade. Ou seja, ontem discutíamos com a guitarra, hoje com os shows de luzes e amanhã será com alguma outra tecnologia ou instrumento inovador.

A questão de tudo isso é que não conseguimos fazer as mesmas coisas (canções, eventos, cultos, evangelização) sem acompanhar um mínimo do advento da tecnologia e dos avanços da sociedade em que estamos.

Mas seria tudo isso correto biblicamente? Deveríamos nós voltarmos aos cânticos apenas com vozes, sem nenhum instrumento secular e sem o acompanhamento qualquer avanço tecnológico? Eu sou um pouco radical, e por isso para mim, se uma novidade tecnológica não pode ser inclusa hoje na nossa igreja, então deveremos olhar para trás e vermos tudo o que foi incluso ontem, para então retirarmos também. A conclusão neste caso será: tudo o que é natural, convém e edifica; e tudo o que não é natural, ou seja, que passa pela mão do homem, então não convém e muito menos edifica.

A questão é que, pensando neste ponto de vista, se não podemos incluir nenhum avanço tecnológico ou sociológico a interno da igreja, então por que fora das igrejas (nas nossas casas) poderíamos utilizar? Aliás, NÓS somos o templo de Cristo, não? E neste caso, então, sinto muito, mas teremos então que excluir nossos computadores, celulares e até mesmo as luzes das nossas casas!

Para refletir: para Deus, qual a diferença entre apenas uma luz iluminando meu momento de louvor no meu quarto do que centenas de luzes em um outra sala bem grande? Para Deus qual a diferença de louvar sozinho do que louvar com milhões se pessoas junto? Para Deus, qual a diferença entre tocar com um violão com seis cordas ou uma guitarra elétrica? Qual a diferença entre louvar em silêncio ou gritando bem alto? Batendo palma ou não? Sentado ou pulando? Imóvel, movendo-se um pouco, ou movendo-se organizadamente (dança)? Para Deus, tudo isso pode ser a mesma coisa, o que importa é a nosso coração. A resposta bíblica a essas perguntas é muito clara:

"O Senhor , contudo, disse a Samuel: “Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”." (1 Samuel 16:7 NVI)

Caríssimos irmãos, não vejamos com os nossos olhos. Nossos olhos são carnais, julgam, calculam e medem apenas aparências. Eles podem chegar a destruir qualquer coisa, ou fazer crescer algo que não deveria. Ou seja, o termômetro que usamos para medir pessoas, eventos, evangelizações, pastores ou igrejas, para Deus, não valem absolutamente nada. E com isso, a conclusão que chego é: calemos a boca em relação ao próximo, seja ele cristão ou não, pois não temos a alçada para julgarmos algo como bom, útil, edificante ou não. Pois o homem enxerga e se preocupa muito com o exterior, mas Deus vê e se preocupa APENAS com o interior: com a nossa motivação, a nossa intenção, o nosso coração! E isto é graça, isto é maravilhoso.

Se Deus se preocupasse com as aparências, viveríamos na lei e tudo deveria ser igual. Com o avanço da sociedade, teríamos que continuarmos vivendo como na era pré-histórica, sem que o advento tecnológico na culinária, comunicação e sociedade interferisse com nosso estilo de vida. E como conseguiríamos evangelizar assim, sem crescermos com o advento da mente humana? Por isso Deus não nos limita a nenhuma ação, mas examina a nossa motivação. O termômetro de Deus está no nosso coração e não nos meios que usamos dentro ou fora da igreja. Deus não olha os meios que usamos, mas para que fins fazemos. A bênção de Deus não está nas nossas decisões, mas nas nossas intenções. Em outras palavras: essa ação será exclusivamente para Deus? Glorificará a Deus? Tem o aval de Deus? Então

Cristão não aponta o dedo para julgar, cristão estende a mão para ajudar. Pare de pensar se algo que estão fazendo convém ou não. Você não tem o termômetro justo para isso, apenas Deus tem. A você cabe analisar e julgar com Deus somente as tuas ações, para ver se estas estão sendo feitas com o intuito justo. Pode ser que uma igreja super moderna esteja espiritualmente ligada a Deus enquanto que outra igreja tradicional não. Pode ser que em um desses domingos, esta igreja moderna tenha feito algo sem a intenção justa, bem como a igreja tradicional também. Quem seria capaz de ver e medir isso? Eu não! Somente Deus sabe, e cabe a Ele isso, não a nós. Não se importe com o como, mas importe-se com o porquê. A justiça de Deus é na motivação, não na ação em si. Se fosse, no fundo você não poderia estar lendo este texto aqui num blog!

Aprendamos a não avaliar superficialmente. Não sejamos convencidos por carne ou sangue. Então, como conhecer as pessoas? Conhecer Jesus é a melhor forma de conhecer as pessoas. Centralize tua vida mais na visão de Cristo, então saberemos melhor o que fazermos com os outros.

Glauber Destro


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Líder, não espere total aprovação dos outros Qual sua reação quando falam mal de você? Você corre atrás e discute? Atende às vontades dos outros? Tenta se livrar de qualquer forma e limpar seu nome? Afinal, que tipo de líder é você?
Leader, non aspettare la piena approvazione degli altri Qual è la tua reazione quando qualcuno parla male di te? Ti metti a discutere? Ascolti ciò che dicono gli altri? Eviti di essere formalista e ci tieni al tuo nome? Allora, che tipo di leader sei?
Leader, do not expect full approval of the others What is your reaction when people say bad things about you? You run back and discuss? Meets the desires of others? Attempts to get rid of this situation in any way and clear your name? After all, what kind of leader are you?